Conheça a história e os benefícios deste modelo de automóvel.
Uma das principais discussões sobre o futuro do setor automobilístico é referente à produção e à popularização dos carros elétricos. Menos poluentes e mais eficientes, esses modelos de carros têm tudo para serem a grande sensação dos próximos anos, conquistando cada vez mais adeptos.
Contudo, você conhece a história dos carros elétricos e sabe citar quais são os benefícios deles? Se você tem dúvidas, não há problema. Abaixo, você pode entender melhor alguns dos principais pontos envolvendo esse tipo de veículo.
História
Engana-se quem pensa que esses veículos são uma invenção moderna e de última geração. O primeiro carro movido à energia elétrica é de 1828, criado pelo engenheiro, físico e sacerdote Anyos István Jedlik. No entanto, o título de inventor oficial do modelo é de Thomas Davenport, que criou uma locomotiva movida a ímãs em 1834.
Ainda no século XIX, houve muitas tentativas de melhorar os modelos e torná-los mais autônomos. Entretanto, todos os veículos produzidos deparavam-se com o mesmo problema: a baixa capacidade de carga da bateria, que limitava o quanto eles podiam circular. Isso foi fundamental para que eles perdessem espaço para os veículos movidos à gasolina.
Somente no final do século XX, houve retomada na produção e melhoria desses veículos. Em 1997, a Toyota lançou o Prius, uma das referências atuais em carros elétricos. Em 2006, foi a vez da Tesla Motors lançar um esportivo de luxo, o Tesla Roadster, que conseguiu mudar a concepção das pessoas sobre os tipos elétricos.
As montadoras passaram a se preocupar com a questão ecológica do carro, de forma que seus impactos no meio ambiente fossem os menores possíveis. Outra questão importante foi produzir modelos mais populares e acessíveis ao grande público, como o Leaf, da Nissan, retirando o estigma de ser algo de luxo.
Benefícios
Entre as vantagens do carro elétrico, é possível citar a economia para circular. Para andar 100 km, um veículo elétrico gasta, em média, 20 kWh. Os carros movidos à gasolina gastam cerca de 10 litros para percorrerem a mesma distância. De uma maneira geral, a economia alcançada é de cerca de 70%.
A boa notícia é que a autonomia dos veículos mais recente foi aprimorada: já é possível rodar até 300 km antes de ter que recarregar novamente. Para quem tem o costume de andar exclusivamente pela cidade, uma única recarga pode ser o suficiente para circular durante toda a semana.
Isso porque os motores elétricos têm uma eficiência superior aos modelos de gasolina, o que lhes permitem percorrer mais quilômetros com um único “tanque cheio”. Eles também são menos poluentes, sendo que liberam, em média, 33% menos de CO₂ na atmosfera durante sua vida útil.
Outra poluição que ele não comete é a sonora. O motor elétrico é tão silencioso que, na União Europeia, foi necessário criar uma lei para que as montadoras colocassem um ruído artificial nos carros. Esse som deve surgir, sobretudo, quando o carro está se movendo em baixas velocidades, para que as pessoas sejam capazes de perceber a aproximação dele.
Por fim, outra vantagem reside em menor custo de manutenção. As inspeções periódicas que o carro precisa são cerca de 20% mais baratas que os modelos tradicionais. Em caso de conserto de uma peça, os valores também são 15% mais baixos, em média.
Desafios
Apesar de esses benefícios, os modelos elétricos ainda encontram muitos desafios para conseguirem uma maior adesão do público. Um deles está no preço, uma vez que esse tipo de carro costuma ter um preço acima dos que usam combustíveis fósseis para circular, o que diminui muito o mercado consumidor em potencial.
O tempo para recarregar a bateria e a falta de infraestrutura para fazer isso também é um problema. Geralmente, eles precisam de oito horas para recarregar totalmente. No Brasil, ainda são raros os postos de abastecimento compatíveis com esses modelos, o que dificulta a possibilidade deles serem carregados fora de casa. Entretanto, a tendência é que isso mude no futuro. Cientistas da Universidade Penn State, nos EUA, já conseguiram desenvolver uma bateria elétrica-volt que recarrega 100% do carro em cerca de 10 minutos. Este é um sinal de que, em um futuro próximo, o tempo para recarregar será bem inferior ao padrão atual.