Como surgiu a tradição de comer Chester no Natal?

Saiba tudo sobre o costume de saborear este alimento tipicamente natalino.

Nos anos 80, a Perdigão criou o Chester com a intenção de substituir o peru tradicional por uma carne mais acessível. Muitas pessoas acham que o Chester é o nome de uma ave, porém, trata-se de uma marca criada pela própria empresa.

O Chester é um tipo de frango, nascido de um cruzamento de linhagens especiais de aves que têm uma grande quantidade de carne: cerca de 70% está concentrada no peito e nas coxas.

Quais são as diferenças entre peru e Chester?

peru de natal

A princípio, o Chester tem 60 cm e cerca de 4 kg. As fêmeas são abatidas com 35 dias, e os machos com 50 dias. Embora seja fácil encontrá-la para a ceia de Natal, a produção da ave é controlada, enquanto a venda é proibida — tudo para manter a exclusividade da marca.

Por outro lado, o peru tem 60 cm e cerca de 4,3 kg. Geralmente, o abate ocorre em 12 semanas. A carne é mais firme e seca, tendo um sabor mais notável. Já o Chester possui um sabor mais suave e leve.

Quando o Chester passou a ser um prato natalino?

Certamente, o Natal é uma das épocas mais aguardadas do ano. Na data, as pessoas põem em prática o espírito de solidariedade e aproveitam para se deliciar com os pratos tradicionais do mês de dezembro.

O costume de saborear o peru do dia 25 de dezembro surgiu nos Estados Unidos, mais especificamente na cidade de Plymouth, Massachusetts, em 1621, a partir da tradição de consumir a ave no Dia de Ação de Graças.

Por ser barato e engordar com facilidade, o peru chegou à Europa por meio dos espanhóis, no século XVI. Ali, o consumo de cisnes, pavões e gansos, as aves consideradas nobres, era comum.

Logo, essa ave, originária da América do Norte, ganhou a preferência dos europeus e praticamente substituiu o cisne como prato principal na Inglaterra, marcando presença em eventos grandiosos. No Brasil, o peru é apreciado desde a época colonial.

Já o Chester, conforme dito acima, é o nome dado ao produto final da marca Perdição. No processo, o frango é geneticamente melhorado por meio de cruzamentos de aves com as características desejadas pelo mercado. A carne possui um teor de gordura menor e maior taxa de proteína.

Não é qualquer granja que possui estrutura para criar esse tipo de ave, pois isso exige um investimento grande em infraestrutura e alimentação, reforçando o fato de poucas pessoas conhecerem um Chester pessoalmente.

Quais são os outros pratos mais consumidos no Natal?

A seguir, veja outros pratos que fazem parte da ceia de Natal da maioria das pessoas.

Rabanada

Prato de origem europeia, a rabanada foi desenvolvida para aproveitar os restos de pães amanhecidos que eram descartados. Em Portugal, o prato é conhecido como “fatia de mulher parida”, uma vez que era oferecido às mulheres após darem à luz, com o intuito de aumentar a produção de leite.

Lentilha

A lentilha foi trazida ao Brasil por imigrantes italianos, simbolizando “sorte e dinheiro”.

Pernil

Também trazido pelos europeus, de acordo com a lenda, consumir porco — animal que fuça a comida — faz com que a vida seja impulsionada para frente.

Panetone

O panetone surgiu na Itália, mais precisamente em Milão. Por lá, ele era servido em ocasiões especiais, visto que fazer o tal pão de frutas era muito trabalhoso

Comida agridoce

Uma das tradições brasileiras consiste na mistura de frutas com comida, influenciada por costumes africanos e indígenas. Por exemplo, o abacaxi com Tender é uma criação do Brasil, visto que o fruto é local. Já as uvas-passas e as frutas cristalizadas são originárias dos países mediterrâneos.