Você provavelmente já deve ter ouvido falar em mapeamento genético do DNA, mas, afinal de contas, como é que ele funciona? Saber como opera a estrutura genética do corpo e quais são as alterações que determinam as características de cada ser humano é algo que desperta o interesse e que se tornou totalmente possível de acessar nos dias atuais.
A tecnologia teve um grande avanço em diversas áreas, inclusive na medicina, o que fez com que novas soluções se tornassem possível, como a realização de teste de DNA, por exemplo.
Quando se trata de mapeamento genético, é importante compreender que os genes armazenam informações sobre as características que determinam quem somos, como a cor dos nossos olhos e predisposição de desenvolver doenças, além da possibilidade de ficar careca, engordar, ter intolerância a glúten, entre outras informações.
Com a possibilidade de conseguir identificar possíveis doenças de forma precoce, o mapeamento genético é uma forma de obter evidências de que uma doença hereditária esteja ligada a um ou vários genes.
A seguir, saiba mais sobre o que é o mapeamento genético e como ele funciona!
O que é o mapeamento genético
Para compreender o que é o mapeamento genético é necessário saber que o DNA humano, que também é chamado de genoma, possui 46 cromossomos em sua composição, sendo que 23 deles são herdados do pai e 23 da mãe.
Com essa combinação de cromossomos – com mais de 22 mil genes -, existem diversas informações genéticas ligadas a cada indivíduo, que incluem desde características físicas até a possibilidade de existir variantes que podem provocar doenças hereditárias e genéticas.
Nos dias atuais, ao se falar sobre mapeamento genético, trata-se de realizar a sequência e análise do genoma de uma forma geral. Isso significa que não é necessário escolher apenas um gene para se estudar. É possível realizar diferentes exames que são capazes de verificar o DNA de um indivíduo, cada um com suas técnicas específicas.
Como os cientistas realizam o mapeamento genético
Para fazer um mapeamento genético, os cientistas precisam coletar amostras de sangue ou tecido de membros de famílias nas quais uma determinada doença ou característica é predominante.
Usando técnicas de laboratório, os cientistas fazem o isolamento do DNA dessas amostras e o examinam em busca de padrões únicos que são vistos apenas em membros da família que têm a doença ou características.
Esses padrões característicos nas bases químicas que compõem o DNA são chamados de marcadores. Por si só, os marcadores não identificam o gene responsável pela doença ou característica; mas eles podem dizer aos cientistas aproximadamente onde o gene está no cromossomo.
É por esse motivo que quando os óvulos ou espermatozóides se desenvolvem, os cromossomos emparelhados que compõem o genoma de uma pessoa trocam trechos de DNA. Pense nisso como um processo de embaralhamento, chamado de recombinação.
O cromossomo único de uma célula reprodutiva contém alguns trechos de DNA herdados da mãe da pessoa e outros do pai. Se um gene em particular estiver próximo a um marcador de DNA, o gene e o marcador provavelmente permanecerão juntos durante o processo de recombinação e serão transmitidos juntos de pai para filho.
Se cada membro da família com uma determinada doença ou característica também herda um marcador de DNA específico, é muito provável que o gene responsável pela doença esteja próximo desse marcador.
Quanto mais marcadores de DNA existirem em um mapeamento genético, maior a probabilidade de que pelo menos um marcador seja localizado próximo a um gene da doença – e também mais fácil será para que os cientistas se concentrem nesse gene.
Mapeamento genético e identificação de doenças
Com o mapeamento genético é possível saber qual cromossomo contém o gene que possui uma doença hereditária – passada de pais para filho – ou genética e onde o gene se encontra nesse cromossomo.
Os mapas genéticos foram utilizados com sucesso para encontrar o gene responsável por distúrbios que são relativamente raros em um único gene, como fibrose cística e distrofia muscular de Duchenne.
Além disso, o mapeamento genético também é útil para orientar os cientistas para vários genes que desempenham um papel no desenvolvimento de distúrbios mais comuns como:
- Asma;
- Doenças cardíacas;
- Diabetes;
- Câncer;
- Condições psiquiátricas.
Conclusão sobre como funciona o mapeamento genético do DNA
Com o mapeamento genético do DNA é possível obter informações extremamente importante para que possa existir a identificação de doenças. Com isso, é possível começar uma prevenção e tratamento precoce.
É importante deixar claro que caso você tenha interesse em realizar seu mapeamento genético, ou de algum membro da sua família, é fundamental procurar por um laboratório especializado.
Conversar com um especialista em genética é essencial para que seja avaliada a necessidade e o tipo de mapeamento que deve ser realizado.
Em seguida, com os resultados prontos, também é importante consultá-lo para que ocorra a interpretação dos dados e para que você receba as devidas orientações sobre o deverá fazer de acordo com os resultados obtidos. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo e que algumas das suas dúvidas sobre mapeamento genético do DNA tenham sido esclarecidas!